Itinerários a Pé em Lisboa


 Baixa / Chiado
Charme na Lisboa antiga

Comece por subir no Elevador de Santa Justa (1), alcançando as ruínas do Convento do Carmo (2), destruído pelo sismo de 1755 e único exemplar de arquitectura gótica que remanesce em Lisboa. Suba a Rua da Trindade e aprecie a fachada do Teatro da Trindade (3) e, mais abaixo, entre na Igreja do Loreto (4) e na da Encarnação (5).

Pela Rua Garrett chega à Igreja dos Mártires (6) e depois passa pelo Teatro de São Carlos (7), que é a ópera lisboeta, e pelo Museu do Chiado (8), na Rua Serpa  Pinto. Descendo a sinuosa calçada do Ferragial atinge a seiscentista Igreja do  Corpo Santo (9) e, virando à esquerda pela Rua do Arsenal, a Praça do Município (10), onde se situam os Paços do Concelho, construídos em 1774, e muito alterados até à versão actual, consolidada em finais do século XIX. Em direcção a nascente situa-se a Praça do Comércio (11), porta de visita da cidade e sede de vários ministérios. 

Continue por SE pelo lado das estações fluviais (12), onde pode iniciar  um interessante Cruzeiro no Tejo, e entre no Campo das Cebolas, onde está a peculiar Casa dos Bicos (13). Prossiga para poente pela Rua da Alfândega, onde encontra a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (14) de fachada manuelina (Conceição Velha). 

Beba uma 'bica' ou almoce no bicentenário Café Martinho d'Arcada, local frequentado pelo poeta Fernando Pessoa, e passe por baixo do neo-clássico Arco da Vitória (15),  onde se inicia a Rua Augusta (16), reservada a peões. Aprecie ali o comércio das grandes 'griffes' até chegar à Praça D. Pedro IV, a que os lisboetas chamam Rossio. 

Vire à direita até à Igreja de S. Domingos (17), datada de 1241 e hoje com uma fachada do século XVIII. Depois, seguindo pela Travessa Nova, encontra o Teatro Nacional D. Maria II (18), com a sua fachada neo-clássica, de 1842, um edifício de raiz medieval, para utilização diplomática e depois sede da Inquisição até ao século XVIII. Pela Rua das Portas de Santo Antão chega ao Palácio da Independência (19) e à Praça dos Restauradores (20). Do lado oposto desta praça está o Palácio Foz (21), a neo-manuelina Estação Ferroviária do Rossio e o Elevador da Glória (22), que dá  acesso ao Bairro Alto, com a sua vida boémia e nocturna.

Em alternativa ao elevador, passe de novo pelo Rossio (23) e suba as ruas do Carmo e Garrett, que constituem o Chiado (24), bairro ardido em 1988 e entretanto reconstruído sob orientação do consagrado arquitecto Siza Vieira, que assina este brilhante projecto.


Bairro Alto / Cais do Sodré
Imagens da Tradição


Ver RaLF - Imagens da Tradição (Bairro Alto - Cais do Sodré) num mapa maior

Ao cimo do Elevador da Glória (1) está o jardim e miradouro de S. Pedro de Alcântara (2) e, subindo pela Rua D. Pedro V, com inúmeros antiquários, atinge o Jardim do Príncipe Real (3), sob o qual se encontra o reservatório de água da Patriarcal, de 1864, visitável de 2ª a Sábado. Mais adiante estão os Museus de História Natural e da Ciência (4) e o Jardim Botânico (5). Pelas ruas Miguel Pais e Monte do Carmo chega à Rua Cecílio de Sousa e, por uma escadaria (6), regressa ao Jardim do Príncipe Real, que vai atravessar para descer a Rua do Século e nela virar à direita para a Rua da Academia das Ciências, onde está a Academia e o Museu Geológico (7).

Pela Rua de S. Marçal suba até à romântica Praça das Flores (8), com os seus excelentes restaurantes. Descendo pela Rua de S. Bento, encontra diversos antiquários e, à esquerda, o Espaço por Timor (9), criado para apoiar o direito do povo maubere à autodeterminação e a sua corajosa resistência à ocupação indonésia. Do outro lado está o Palácio de S. Bento que alberga a Assembleia da República (10). Prossiga pela Av. D. Carlos I e verá o Chafariz Monumental da Esperança (11), do arquitecto Carlos Mardel, e depois, subindo a Rua do Poço dos Negros e a Calçada do Combro encontra  a Igreja de Santa Catarina (12) e o magnífico Miradouro (13) com o mesmo nome.

Desça pelo típico Elevador da Bica (14) que o conduz à Rua e ao Largo de S. Paulo (15), datado de 1849, e ao Chafariz da Praça e Igreja de S. Paulo (16). Na Travessa do Carvalho aparece o edifício das antigas termas, os Banhos de S. Paulo e mais adiante, para nascente, passando pela Praça D. Luís I (17), o Mercado Municipal de 24 de Julho (18), construído em 1876.

No largo do Cais do Sodré (19), encontra um importante interface de transportes, onde se inicia a linha ferroviária de Cascaise existem acessos ao Metro e a transportes fluviais. No belo Passeio Ribeirinho (20), aproveite para degustar peixe fresco grelhado no carvão e depois suba a Rua do Alecrim, até ao Largo Luís de Camões (21) e à Igreja de S. Roque (22). Entre então  no Bairro Alto (23), uma zona popular e com animada vida nocturna, onde pode ouvir fado genuíno e passar uma noite divertida e sem problemas de segurança.

Estrela / Prazeres / Alcântara / Docas
Velhos Caminhos com Histórias

Comece o passeio pelo Jardim da Estrela (1) e o seu coreto de ferro: Autocarros: 9, 27 e Eléctricos 25, 28. Em frente ao jardim fica a Basílica da Estrela (2), em estilo barroco tardio e neoclássico e com 4 colunas e respectivas estátuas que representam a Fé, a Liberalidade, a Adoração e a Gratidão e duas grandes estátuas de mármore da autoria de Machado de Castro.

Pelas ruas Domingos Sequeira e Saraiva de Carvalho alcance a Praça São João Bosco e o Cemitério dos Prazeres (3) e depois, pela Rua Possidónio da Silva, a Tapada das Necessidades (4) e os seus excelentes jardins de cactos. Ali fica o Palácio das Necessidades (5), erguido no séc. XVIII, que alberga o Ministério dos Negócios Estrangeiros e decujo largo fronteiro (6) se vislumbra a ponte 25 de Abril, inaugurada em 1966 e que é muito parecida com a Golden Gate de S. Francisco, e ainda o monumento a  Cristo-Rei, na margem Sul do Tejo. No Chafariz, de 1747, observe uma cruz de bronze sobre esfera de espinhos e um obelisco de mármore rosa.

Desça  depois a calçada do Sacramento até ao popular bairro de Alcântara (7) e a  Praça da Armada (8), com vários excelentes restaurantes e tascas a preços acessíveis. Continue pela Calçada da Pampulha até à Rua das Janelas Verdes: de um lado, o Chafariz Monumental no Largo Dr. José Figueiredo (9) e do outro o Museu Nacional de Arte Antiga (10). Ao lado, no Jardim de 9 de Abril (11), observe o Tejo e o seu porto. Em frente ao jardim está o Palácio da Cruz Vermelha e as escadarias de acesso à Av. 24 de Julho.

Atravessando esta e a linha-férrea em direcção ao rio, vire à direita na Av. Brasília e passeie pela Doca de Alcântara (12) onde se encontra a Gare Marítima (13) com grandes painéis do modernista português Almada Negreiros.

Vá a pé pela Doca de Santo Amaro (14), recheada de esplanadas viradas para o rio, e de bares e discotecas com uma intensa “movida” diurna e nocturna. Regresso ao centro pelos autocarros 14, 32, 43, 28.

 Mouraria / Castelo / Alfama
A Lisboa Essencial



Ver RaLF - Lisboa Essencial (Mouraria, Castelo e Alfama) num mapa maior

O passeio começa junto à estação de Metro do Martim Moniz, na Rua do Capelão (1). Siga pela Rua da Mouraria até à Igreja da Senhora da Saúde (2), com belos azulejos e altar em talha, visitável de tarde e quando há missa. No renovado Largo do Martim Moniz (3) fica o peculiar e multiétnico Centro Comercial da Mouraria.

Entre no pitoresco bairro da Mouraria pelas Escadinhas da Saúde (4) e prossiga pelo Largo da Rosa, com o Convento do mesmo nome (5) e a Igreja de S. Lourenço. Continuação pelo largo da Achada (6), pela Igreja de S. Cristóvão (7) e, subindo a Calçada Marquês de Tancos, encontra o Mercado Municipal do Chão de Loureiro (8), que integra alguns ateliers de artistas plásticos e uma bela esplanada.

Pela Rua da Costa do Castelo passa pela Escola de Circo do Chapitô (9) e, descendo as Escadinhas de S. Crispim (10), atinge a Rua de São Mamede, com o Palácio do Correio Velho (11) à esquerda. Pela Travessa do Almada vai à Igreja de Santa Maria Madalena (12). Da Rua da Sé chega-se ao Largo de Santo António (13), com tascas e o Museu Antoniano, que encerra às Segundas. Mais acima fica a Sé Catedral (14), de 1147, onde pode visitar o Tesouro da Sé e as ruínas romanas. 

Suba a Rua Augusto Rosa até ao Miradouro de Santa Luzia (15) e aprecie as  vistas do Tejo e do Bairro de Alfama. Mas falta ainda o indispensável Castelo de S. Jorge (16) - Centro de Interpretação da Cidade. Chega-se lá via Rua de S.Tiago e com o apoio do mapa. A arquitectura justifica bem o esforço. Nos jardins do castelo desfrute as soberbas vistas da cidade e estuário. Saia, virando à esquerda para a Rua do Chão da Feira, e pelo Largo Mor até à Igreja de Santa Luzia (17).

No largo das Portas do Sol (18) pode admirar a paisagem, visitar a Fundação Ricardo Espírito Santo e suas Oficinas e posteriormente descansar numa das esplanadas. Ou então descer pelas escadarias do arco à direita, até à Igreja do Largo de S. Miguel, seguindo até ao estreitíssimo Beco do Carneiro e à Igreja de Santo Estêvão (19). Pela Rua dos Remédios chega ao Largo do Chafariz de Dentro (20) - Casa do Fado e da Guitarra Portuguesa.

E, se for Junho, quando se realizam as Festas Populares, mergulhe na imensa animação popular.

Mas, se estiver cansado, é melhor entrar num táxi e ir repousar um pouco.


Belém
Os Velhos Caminhos do Mar



Ver RaLF - Os Velhos Caminhos do Mar num mapa maior

Esta é a zona ocidental da cidade, que reúne um conjunto de monumentos e  equipamentos culturais de grande qualidade. Autocarro: 14, 27, 29, 43, 49, 51. Eléctrico: 15. Combóio: estação de Belém, na linha do Cais do Sodré a Cascais. 

Comece pelo Palácio de Belém (1), residência do Presidente da República, e coma um Pastel de Belém na famosa fábrica e pastelaria da esquina (2).

Suba a Calçada do Galvão até ao Jardim-Museu Agrícola Tropical (3) e volte a descer até ao Mosteiro dos Jerónimos (4) e ao Museu de Arqueologia (5). Visite também ali o Planetário Gulbenkian (6) e o Museu de Marinha (7).

Entre no espectacular Centro Cultural de Belém (8), obra de Vittorio Gregotti e Manuel Salgado, onde pode almoçar com vista para o Tejo e para o jardim de Belém. Aqui poderá também visitar o Museu Colecção Berardo (9). Percorra o túnel de peões sob a estrada e visite o Padrão dos Descobrimentos (10), subindo de elevador até ao topo, reparando na grande Rosa dos Ventos desenhada no solo. Caminhe depois pela beira-rio, em direcção a poente, até ao Museu de Arte Popular (11). Mais adiante, passe pela Doca do Bom Sucesso (12) e chegará à famosa Torre de Belém (13).

Depois da visita, passe pelo adjacente Forte do Bom Sucesso (14) e utilize o viaduto sobre a Av. Brasília para subir a Av. Torre de Belém até entrar na rua de Pedrouços onde pode tomar a carreira 15 do eléctrico até à praça Afonso de Albuquerque (15) e a estação fluvial de Belém (16).

Um pouco mais a Nascente visite o Museu da Electricidade (17) e descanse numa das esplanadas ribeirinhas. Autocarros para o centro:  carreiras 14, 28, 43, 49, 51.


Nenhum comentário:

Postar um comentário